terça-feira, 3 de março de 2009

Hugo Boss

Hugo Boss

HUGO BOSS é moda, estilo de vida e sucesso. Essas são as características presentes nas suas roupas, acessórios, óculos, perfumes, cosméticos, relógios e artigos de couro. Alguns de seus produtos são dinâmicos e cosmopolitas, e misturam imagens sérias e esportivas. Outros são jovens, e, pouco convencionais, antecipam tendências urbanas. Há ainda os de luxo, marcados por elegância e exclusividade. O design moderno e elegante faz com que os produtos que levam sua marca sejam reconhecidos por aquelas pessoas que realmente tem bom gosto e estão dispostos a pagar o que for necessário por eles.
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A história
A famosa marca foi fundada em 1923, após o fim da Primeira Guerra Mundial, na cidade de Metzingen, nas montanhas da Suábia, no sul da Alemanha, pelo alfaiate vienense Hugo Ferdinand Boss, como uma fábrica de roupas que produzia uniformes, macacões, vestimenta para trabalhadores e fardas militares. Enquanto o país enfrentava uma difícil crise econômica, a empresa crescia. Porém, sete anos depois a empresa paralisou suas atividades devido à instabilidade econômica que se vivia no país durante o período de pós-guerra. Mesmo frente a frente com a bancarrota e várias dificuldades, ele não desistiu do seu ganha-pão e reviveu o negócio em 1931, altura em que se associou ao partido Nazista. A partir de 1933, e devido à popularidade crescente de Adolf Hitler, começou a confeccionar os uniformes militares do Terceiro Reich, em especial os da SS.
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Para garantir sua produção, ele recorreu à mão de obra quase escrava de franceses, poloneses e dos deportados para os campos de concentração. O negócio nunca esteve tão próspero. Após sua morte, em 1948, a empresa entrou em um período de obscuridade até que, em 1953, o negócio gerido pelos netos do fundador, lançou seu primeiro terno masculino. Desse momento em diante, a marca volta suas atenções para a satisfação de outras necessidades ao nível do vestuário, nomeadamente a confecção de fatos para homem. Uma decisão perfeita, uma vez que a indústria da moda masculina dava os primeiros sinais de que tinha vindo para ficar. Ter um terno HUGO BOSS era conquistar um status exclusivo que todos os alemães queriam na época.
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Em 1970, a marca lança a BOSS, linha de prêt-à-porter que tinha como alvo os jovens empresários com grandes potenciais de crescimento. Com tecido importado da Itália, seus ternos atraíam não apenas pelo corte impecável, mas pelos blazeres de ombros estreitos e abotoamento duplo, moda na época. O sonho de ampliar a notoriedade da marca se torna visível em 1972, quando a HUGO BOSS passa a patrocinar equipes da Fórmula 1 e atletas de tênis e golfe. Foi nesta década, em 1976, que a marca HUGO BOSS foi lançada no mercado americano. Apesar de não terem impressionado de imediato, o êxito dos ternos da grife estava garantida, principalmente quando começaram a ser vestidos por estrelas como Sylvester Stallone, o tenista Bjorn Borg, sem esquecer a dupla de detetives da famosa série “Miami Vice”.
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O auge da marca acontece na década de 80, altura em que inicia a produção de linhas mais econômicas, mas igualmente atrativas. A expansão continua em 1984 com o licenciamento de fragrâncias e, no ano seguinte, com a abertura de seu capital na bolsa de valores. Em 1991 é lançado o primeiro produto licenciado. A coleção também é ampliada, passando a produzir linha de camisas, gravatas, suéteres e jaquetas de pele. Em 1993, a empresa é adquirida pelo grupo italiano Marzotto (hoje, Valentino Fashion Group) que, além da marca central BOSS – dedicada às linhas mais clássicas – lança mais duas segmentações: HUGO, voltada às criações mais jovens, e BALDESSARINI, linha de luxo mais independente. Além das roupas, cosméticos, óculos e perfumes entraram no catálogo da marca.
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A linha do tempo
1985

Após 70 anos dedicando-se à moda, a grife lança seu primeiro perfume, entrando assim em mais um rentável ramo de consumo.
1993
Lançamento da HUGO, linha voltada às criações mais jovens.
Lançamento da BALDESSARINI, linha de luxo mais independente cuja direção artística ficou a cargo do austríaco Werner Baldessarini. Essa marca foi vendida em meados de 2006 quando a recém lançada Boss Black Selection a supera em números de vendas.
1999
Lançamento da BOSS ORANGE, uma marca masculina com tendência esportiva e casual, separando-se da imagem sofisticada da HUGO BOSS.
2000
Lançamento da BOSS WOMAN, composta da primeira coleção de prêt-à-porter feminina, criada num estúdio independente em Milão e sob o comando de um estilista de fora da empresa. A expansão não atinge o sucesso esperado, levando seus dirigentes a redirecionarem a produção feminina à Alemanha, onde os estilistas da casa conseguem salvar o projeto.
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2002
Lançamento da BOSS GREEN, marca onde a roupa esporte converge com a moda atual, combinando materiais funcionais com um vestuário esporte.
Lançamento de uma série limitada de biciletas feitas em alumínio e visual retrô.
Lançamento do perfume masculino BOSS IN MOTION.
2004
Lançamento da BOSS BLACK Selection, grife que enxerga a moda como manifestação moderna do luxo. A atenção aos detalhes, aos tecidos mais seletos do mercado e a elaboração artesanal caracterizam esta linha.
Inauguração de sua flagship (loja âncora) em plena Champs-Elysées, em Paris.
2005
Lançamento da BOSS SKIN, sua linha de cosméticos masculinos.
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O passado negro
Sinônimo de elegância e luxo, a HUGO BOSS é um produto “Made in Germany” altamente respeitado no mundo da moda. A tradicional marca alemã carrega no entanto um passado de envolvimento nazista. Hugo Ferdinand Boss teve uma relação muito estreita com o nazismo. Em 1931 se filiou ao Partido Nacional-Socialista (NSDAP), de Adolf Hitler. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa desenhou e produziu uniformes de tropas e oficiais da Wehrmacht e SS. Além disso, a empresa foi acusada de usar mão-de-obra forçada, onde os trabalhadores tinham um carga diária de 12 horas, com um curto período de intervalo. O empresário Hugo Boss, após a guerra, foi tachado de “oportunista do Terceiro Reich“, multado em 80 mil marcos, e sendo privado de seus direitos civis. “A fábrica de roupas fundada pelo senhor Hugo Boss produziu roupas de trabalho e achamos que também uniformes da SS. Até agora, nós não temos arquivos na companhia e nós estamos tentando descobrir o que aconteceu“, declarou Monika Steilen, porta-voz da empresa, em 1997, quando a notícia foi divulgada por uma revista austríaca.
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A relação com a arte
Não é só na moda que a HUGO BOSS mostra-se ativa. Ao longo da sua existência, a grife patrocinou diversas modalidades esportivas, como a Fórmula 1 (vestiu a equipe da McLaren dentro e fora das pistas em 1981), golfe (patrocinou e vestiu o jogador Bernhard Langer em 1985), tênis (patrocinou a Copa Davis de tênis em 1985), esqui e boxe. A marca tem também um importante papel no mundo artístico através do Prêmio Hugo Boss (Hugo Boss Art Prize). Em parceria com o Museu Guggenheim, desde 1995, o prêmio valoriza, os artistas modernos. A premiação é feita a cada dois anos. A HUGO BOSS também mantém parceria com o pavilhão alemão da Bienal de Veneza desde 2003.
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Dados corporativos
● Origem: Alemanha
● Fundação:
1923
● Fundador:
Hugo Boss
● Sede mundial:
Metzingen, Alemanha
● Proprietário da marca: Valentino Fashion Group
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● Chairman:
Giuseppe Vita
● CEO: Claus-Dietrich Lahrs
● Faturamento: € 1.63 bilhões (estimado)
● Lucro: € 154.2 milhões (estimado)
● Lojas: 287 (1.100 contando as franqueadas e parcerias)
● Presença global:
105 países
● Presença no Brasil: Sim (1 loja)
● Funcionários: 9.123
● Segmento:
Vestuário
● Principais produtos:
Roupas e acessórios
● Ícones: Seus ternos
● Website: www.hugoboss.com
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A marca no Brasil
A marca chegou ao Brasil em 1988, trazida pelo ex-piloto de corridas, Emerson Fittipaldi, campeão da Fórmula 1 e Indy, que é um dos parceiros comerciais da grife no Brasil. Neste período, como país ainda estava fechado para importações, a maior parte das peças era fabricada no aqui mesmo, em vez de ser importada, como ocorria com seus concorrentes. A partir de 2002, a grife alemã entrou em um período turbulento no país, no qual sofreu com o fechamento de lojas e brigas com os franqueados. Isso ficou claro, em 2003, quando a maior loja da grife, na rua Haddock Lobo, no bairro dos Jardins, fechou as portas. Foi a prova concreta dos diversos erros estratégicos da marca. O primeiro deles foi expandir sem critérios. A marca chegou a ter 20 lojas, vender seus produtos em 80 lojas multi-marcas e marcar presença em cidades que não tinham poder aquisitivo. Além disso, as peças da grife eram produzidas no Brasil por diversos fornecedores. Aos poucos, a marca foi perdendo o glamour que os clientes buscavam para concorrentes como Ermenegildo Zegna e Giorgio Armani. Em 2005, contudo, a operação foi reduzida a uma única loja localizada em São Paulo.
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A marca no mundo
Os produtos da empresa, como coleção roupas, óculos, perfumes, sapatos e relógios, divididos em três submarcas, estão disponíveis em 105 países através de 1.100 lojas da grife (somadas as unidades próprias, franquedas e parcerias) e em mais de 5 mil lojas de departamento. Cerca de 66% de suas vendas provém do continente Europeu, com a América respondendo por outros 22%.
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Você sabia?
Tendo começado como um negócio familiar, nenhum membro da família Boss tem alguma participação nos negócios de hoje.

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